"A minha pintura é esta: o viver, o estar cá"
A sua arte trata-se de experiências ao nível da impressão serigráfica, começando por a fixar silhuetas de amigos projetadas em tela. A partir de 1964 utiliza o plexiglas recortado, transparente ou colorido, em placas sobrepostas, de modo a dotar as sombras evocadas de sombras próprias, como acontece, por exemplo, em Sombra Projectada de René Bertholo, 1965. Em cada trabalho ela confronta o empobrecimento da forma e dos valores das coisas na sociedade contemporânea com a hipótese de uma alternativa poética. São estas obras tridimensionais que preparam a desmaterialização concretizada nas suas «sombras projetadas». Expôs pela primeira vez a sua arte em 1955 na ilha do Funchal, Madeira.