quinta-feira, 6 de novembro de 2014


- Lourdes Castro
          "A minha pintura é esta: o viver, o estar cá"
     
          A sua arte trata-se  de experiências ao nível da impressão serigráfica, começando por a fixar silhuetas de amigos projetadas em tela. A partir de 1964 utiliza o plexiglas recortado, transparente ou colorido, em placas sobrepostas, de modo a dotar as sombras evocadas de sombras próprias, como acontece, por exemplo, em Sombra Projectada de René Bertholo, 1965. Em cada trabalho ela confronta o empobrecimento da forma e dos valores das coisas na sociedade contemporânea com a hipótese de uma alternativa poética. São estas obras tridimensionais que preparam a desmaterialização concretizada nas suas «sombras projetadas» Expôs pela primeira vez a sua arte em 1955 na ilha do Funchal, Madeira. 















- Mary Queen of Shops / Mary Portas

    Mary Portas é provavelmente a maior autoridade no Reino Unido na área de comunicação e marca. É fundadora de uma das agências mais respeitadas em Londres, Yellowdoor. É pelo seu trabalho na área de comunicação e marca e pela sua notoridade que Mary é chamada de ''Mary Queen of Shops''
        Sua perspicácia e conhecimento exclusivo de marcas, tendências de ''insights'' do consumidor, levou a lançar Yellowdoor quando ela viu a necessidade de comunicação integrada e criativa da marca nos setores de moda, luxo e beleza. Sob a orientação de Maria, Yellowdoor criou categoria campanhas desafiadoras para uma ampla gama de marcas na rua principal, incluindo Clarks, Louis Vuitton, Oasis, Swarovski, Dunhill, Boden, Thomas Pink, Westfield London, e Patek Philippe.  
        É também conhecida pelo fato de modificar por completo lugares por vezes abandonados, inutilizados   a fim de utilizá-los como projetos tornando-os em espaços completamente novos. Um destes exemplos está apresentado neste vídeo: 

                                       https://www.youtube.com/watch?v=owTyxq7ViCI








- Diego Rivera

   Começou a sua vida artística estudando pintura na Academia de San Pedro Alvez, cidade do México. Prosseguindo seus estudos para a Europa nos períodos de tempo entre 1907 a 1921, ganhou de certa forma conhecimentos artísticos dado o contato social com outros pintores famosos tais como Pablo Picasso, Salvador Dalí, Juan Miró tomando estes como influências em suas obras. Nesta mesma altura começou a trabalhar num ateliê em Madrid, Espanha. 

      Acreditava que somente o mural poderia redimir artisticamente um povo que esquecera a grandeza de sua civilização pré-colombiana durante séculos de opressão estrangeira e de espoliação por parte das oligarquias nacionais, culturalmente voltadas para a metrópole espanhola. Assim como os outros muralistas, considerava a pintura de cavalete burguesa, pois na maior parte dos casos as telas ficavam confinadas em coleções particulares. Dentro deste conceito, realizou gigantescos murais que contavam a historia política e social do México, mostrando a vida e o trabalho do povo mexicano, seus heróis, a terra, as lutas contra as injustiças, as inspirações e aspirações. Poderá também dizer-se que o fato de o pintor ser ateu influenciou de certa forma parte das suas obras.




















segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Marc Chagall

     Pintor,ceramista e gravurista surrealista judeu russo-francês, nasceu no seio de uma família judaica, na sua juventude entrou para o ateliê de um retratista famoso da sua cidade de origem. Lá aprendeu não só as técnicas de pintura, como o gosto e a exprimir-se nessa arte. Ingressou, posteriormente, na Academia de Arte de São Petersburgo, de onde rumou para Paris. Entrou em contacto com modernistas que enchiam de cor, alegria e vivacidade a capital francesa. Conheceu tam Amedeo Modigliani e La Fresnay. Todavia, quem mais o marcou, foi o modernista Guillaume Apollinaire, de quem se tornou grande amigo. É também neste período que Chagall pinta dois dos seus mais conhecidos quadros: ''Eu e a aldeia'' e  ''O Soldado bebé'', pintados em 1911 e 1912, respectivamente.
      Os títulos dos quadros foram dados por Blaise Cendrars. Coube a Guillaume Apollinaire selecionar as obras que seriam posteriormente expostas em Berlim, no ano em que a Primeira Guerra Mundial rebentou, em 1914.
     Retornou então, a Paris, onde iniciou mais um pródigo período de produção artística, tendo mesmo ilustrado uma Bíblia. Em 1927, ilustrou também as ''Fábulas de La Fontaine'', tendo feito cem gravuras, somente publicadas em 1952. São também deste ano conhecidas as suas primeiras paisagens.
    Na França e nos Estados Unidos pintou, para além de diversos quadros, vitrais e mosaicos. Explorou também os campos da cerâmica, tema pelo qual teve especial interesse.













- Bridget Riley:  Op Art

    


      Nasceu em Londres. Estudou no Goldsmiths College (1949-52), e mais tarde no Royal College of Art (1952-5), com Peter Blake e Frank Auerbach. Trabalhou como ilustradora de uma empresa de publicidade, ao mesmo tempo que ensinava na Loughborough School of Art (1959), na Hornsey School of Art (1962) e na Croydon School of Art (1962-4). Além da mostra de Expressionistas Abstractos americanos na Tate (1956), que marcou a sua geração, Riley foi profundamente influenciada pela exposição “The Developing Process” (1958), com base nas ideias de Harry Thubron, mostrando o atraso da arte britânica face à Europa e aos E.U.A., ao nível das investigações espaciais, das progressões de cor e da forma orgânica (e frequenta a summer schooldesse artista em Norfolk). Abandona então a pintura figurativa, semi-impressionista, e desenvolve o seu estilo autoral de Op Art no início dos anos 60, explorando os potenciais dinâmicos dos fenómenos ópticos, através de telas a preto e branco com padrões geométricos muito simples – quadrados, linhas e ovais.











- Realismo Soviético 

    Realismo socialista é uma tendência estética que tinha como objetivo trazer os ideais do comunismo para o campo da arte. Era a tendência artística dominante durante grande parte da história da União Soviética, particularmente durante o governo de Joseph Stalin e, em geral, na maioria dos países socialistas.

      Na revolução russa, os movimentos de vanguarda foram vistas como um complemento natural para as políticas revolucionárias; nas artes visuais floresceu construtivismo e poesia e música e de ponta formas não tradicionais.
      A União dos Escritores Soviéticos foi fundada para promover esta doutrina e a nova política foi consagrado pelo Congresso Socialista de Escritores, em 1934, para ser posteriormente aplicada rigorosamente em todas as esferas de produção artística.
     Os pintores representavam agricultores alegres e musculosos, operários e fazendas coletivas, máquinarias; também produziram inúmeros retratos heróicos de Stalin. Paisagens industriais e agrícolas que apresentam as realizações da economia soviética que eram temas comuns. 
     O romance ''A mãe de Gorky'' é geralmente considerado como a primeira obra realista socialista. Gorky foi um fator importante no rápido crescimento desse movimento e realismo socialista. Outras obras literárias importantes são ''Cimento'', Fyodor Gladkov (1925) e ''The Quiet Flows. o Don'' por Mikhail Sholokhov. O pintor Aleksandr Deineka contribuiu cenas patrióticas notáveis ​​da Segunda Guerra Mundial, as fazendas coletivas. Yuri Pimenov, Boris Gueli Kórzhev Yóganson  foram descritos como os mestres incompreendido do realismo do século XX. É dignos de distinção, também, dentro dos pintores pertencentes ao realismo socialista: Boris Kustodiev, Isaak Brodsky, Alexander Mikhailovich Gerasimov e Georgi Riazhski Aleksandr Deineka.















- Pintura - Técnica Ebru

   Ebru é uma tradicional técnica de pintura Islâmica muito utilizada na Turquia. Esta técnica, utiliza água como superfície onde a criação da obra é executada. O processo para a realização da mesma é o seguinte: 

         . Numa tina com água junta-se uma substância que dá mais consistência à água e faz-se a pintura com tintas (cor á escolha) não solúveis em água. O movimento da tinta na água é controlado com um objeto de ponta fina afim de dar a liberdade e facilidade na construção do ''desenho''. Podem criar-se padrões abstractos ou mais concretos mas nenhuma pintura feita com a técnica de Ebru é repetível dado que todas as representações são diferentes por natureza. Depois de pronta, dá-se a aplicação da tinta numa folha de papel da mesma dimensão que a tina. 



Abaixo estão apresentados alguns exemplos desta técnica (imagens e um vídeo):










domingo, 19 de outubro de 2014

- Livros de Artista
                          ''O livro construído pela imagem''

   livro objeto é um espécime único, pois se mantém a distância da produção massiva de obras literárias. Ele transcende os limites tradicionais dos livros comuns, baseados principalmente no texto. Este elemento pode ser visto, antes de tudo, como uma obra artística visualDesta forma, ele rompe com o formato mais conhecido do livro, e busca sua identidade na produção imagética imanente às Artes Plásticas. Mesmo assim o livro-objeto pode ser lido, este ainda é o seu objetivo, embora esta leitura ocorra de uma forma distinta. Ela é realizada por meio de palavras soltas, sentenças curtas ou de um discurso mínimo. E igualmente através da interpretação pessoal das imagens.

   Estes objetos  apelam à percepção humana, e desvinculam-se das formas e funções esperadas; eles não atravessam crise alguma na identidade, pois adotam naturalmente a faceta de objeto artístico. Eles são geralmente produzidos em pequena escala.
   Aqui a história é substituída por um enredo visual, graças a uma maior maleabilidade dos limites entre as várias manifestações artísticas humanas; elas se entremeiam de tal forma, que deste entrelaçamento surgem outras expressões. Nos tempos modernos são bem-vindas as misturas, combinações, justaposições e outras receitas nascidas do campo da imaginação onde todos os ingredientes resultam numa só obra.
   Nasce desta forma uma nova esfera criativa, o qual ocupa o espaço desocupado pelo ofício literário e também pelo domínio das Artes Plásticas. O livro objeto se instala nessa fronteira da literatura e da produção visual.














Uma artista portuguesa que gostaria de referenciar, dado a minha apreciação pela mesma, era Alex Castro Ferreira. Esta, no domínio da criação de um livro objeto, dá a nascer obras num estilo fiel vintage. Junta todo o tipo de objetos desde postais, cartas, tecidos, botões, caixas, chaves, linhas, etc. 


Aqui estão algumas das suas criações: