''O livro construído pela imagem''
. O livro objeto é um espécime único, pois se mantém a distância da produção massiva de obras literárias. Ele transcende os limites tradicionais dos livros comuns, baseados principalmente no texto. Este elemento pode ser visto, antes de tudo, como uma obra artística visual. Desta forma, ele rompe com o formato mais conhecido do livro, e busca sua identidade na produção imagética imanente às Artes Plásticas. Mesmo assim o livro-objeto pode ser lido, este ainda é o seu objetivo, embora esta leitura ocorra de uma forma distinta. Ela é realizada por meio de palavras soltas, sentenças curtas ou de um discurso mínimo. E igualmente através da interpretação pessoal das imagens.
Estes objetos apelam à percepção humana, e desvinculam-se das formas e funções esperadas; eles não atravessam crise alguma na identidade, pois adotam naturalmente a faceta de objeto artístico. Eles são geralmente produzidos em pequena escala.
Aqui a história é substituída por um enredo visual, graças a uma maior maleabilidade dos limites entre as várias manifestações artísticas humanas; elas se entremeiam de tal forma, que deste entrelaçamento surgem outras expressões. Nos tempos modernos são bem-vindas as misturas, combinações, justaposições e outras receitas nascidas do campo da imaginação onde todos os ingredientes resultam numa só obra.
Nasce desta forma uma nova esfera criativa, o qual ocupa o espaço desocupado pelo ofício literário e também pelo domínio das Artes Plásticas. O livro objeto se instala nessa fronteira da literatura e da produção visual.
Uma artista portuguesa que gostaria de referenciar, dado a minha apreciação pela mesma, era Alex Castro Ferreira. Esta, no domínio da criação de um livro objeto, dá a nascer obras num estilo fiel vintage. Junta todo o tipo de objetos desde postais, cartas, tecidos, botões, caixas, chaves, linhas, etc.
Link da sua página: www.facebook.com/alexcastroferreirascrapbooking/photos_stream
Aqui estão algumas das suas criações:
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