segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Marc Chagall

     Pintor,ceramista e gravurista surrealista judeu russo-francês, nasceu no seio de uma família judaica, na sua juventude entrou para o ateliê de um retratista famoso da sua cidade de origem. Lá aprendeu não só as técnicas de pintura, como o gosto e a exprimir-se nessa arte. Ingressou, posteriormente, na Academia de Arte de São Petersburgo, de onde rumou para Paris. Entrou em contacto com modernistas que enchiam de cor, alegria e vivacidade a capital francesa. Conheceu tam Amedeo Modigliani e La Fresnay. Todavia, quem mais o marcou, foi o modernista Guillaume Apollinaire, de quem se tornou grande amigo. É também neste período que Chagall pinta dois dos seus mais conhecidos quadros: ''Eu e a aldeia'' e  ''O Soldado bebé'', pintados em 1911 e 1912, respectivamente.
      Os títulos dos quadros foram dados por Blaise Cendrars. Coube a Guillaume Apollinaire selecionar as obras que seriam posteriormente expostas em Berlim, no ano em que a Primeira Guerra Mundial rebentou, em 1914.
     Retornou então, a Paris, onde iniciou mais um pródigo período de produção artística, tendo mesmo ilustrado uma Bíblia. Em 1927, ilustrou também as ''Fábulas de La Fontaine'', tendo feito cem gravuras, somente publicadas em 1952. São também deste ano conhecidas as suas primeiras paisagens.
    Na França e nos Estados Unidos pintou, para além de diversos quadros, vitrais e mosaicos. Explorou também os campos da cerâmica, tema pelo qual teve especial interesse.













- Bridget Riley:  Op Art

    


      Nasceu em Londres. Estudou no Goldsmiths College (1949-52), e mais tarde no Royal College of Art (1952-5), com Peter Blake e Frank Auerbach. Trabalhou como ilustradora de uma empresa de publicidade, ao mesmo tempo que ensinava na Loughborough School of Art (1959), na Hornsey School of Art (1962) e na Croydon School of Art (1962-4). Além da mostra de Expressionistas Abstractos americanos na Tate (1956), que marcou a sua geração, Riley foi profundamente influenciada pela exposição “The Developing Process” (1958), com base nas ideias de Harry Thubron, mostrando o atraso da arte britânica face à Europa e aos E.U.A., ao nível das investigações espaciais, das progressões de cor e da forma orgânica (e frequenta a summer schooldesse artista em Norfolk). Abandona então a pintura figurativa, semi-impressionista, e desenvolve o seu estilo autoral de Op Art no início dos anos 60, explorando os potenciais dinâmicos dos fenómenos ópticos, através de telas a preto e branco com padrões geométricos muito simples – quadrados, linhas e ovais.











- Realismo Soviético 

    Realismo socialista é uma tendência estética que tinha como objetivo trazer os ideais do comunismo para o campo da arte. Era a tendência artística dominante durante grande parte da história da União Soviética, particularmente durante o governo de Joseph Stalin e, em geral, na maioria dos países socialistas.

      Na revolução russa, os movimentos de vanguarda foram vistas como um complemento natural para as políticas revolucionárias; nas artes visuais floresceu construtivismo e poesia e música e de ponta formas não tradicionais.
      A União dos Escritores Soviéticos foi fundada para promover esta doutrina e a nova política foi consagrado pelo Congresso Socialista de Escritores, em 1934, para ser posteriormente aplicada rigorosamente em todas as esferas de produção artística.
     Os pintores representavam agricultores alegres e musculosos, operários e fazendas coletivas, máquinarias; também produziram inúmeros retratos heróicos de Stalin. Paisagens industriais e agrícolas que apresentam as realizações da economia soviética que eram temas comuns. 
     O romance ''A mãe de Gorky'' é geralmente considerado como a primeira obra realista socialista. Gorky foi um fator importante no rápido crescimento desse movimento e realismo socialista. Outras obras literárias importantes são ''Cimento'', Fyodor Gladkov (1925) e ''The Quiet Flows. o Don'' por Mikhail Sholokhov. O pintor Aleksandr Deineka contribuiu cenas patrióticas notáveis ​​da Segunda Guerra Mundial, as fazendas coletivas. Yuri Pimenov, Boris Gueli Kórzhev Yóganson  foram descritos como os mestres incompreendido do realismo do século XX. É dignos de distinção, também, dentro dos pintores pertencentes ao realismo socialista: Boris Kustodiev, Isaak Brodsky, Alexander Mikhailovich Gerasimov e Georgi Riazhski Aleksandr Deineka.















- Pintura - Técnica Ebru

   Ebru é uma tradicional técnica de pintura Islâmica muito utilizada na Turquia. Esta técnica, utiliza água como superfície onde a criação da obra é executada. O processo para a realização da mesma é o seguinte: 

         . Numa tina com água junta-se uma substância que dá mais consistência à água e faz-se a pintura com tintas (cor á escolha) não solúveis em água. O movimento da tinta na água é controlado com um objeto de ponta fina afim de dar a liberdade e facilidade na construção do ''desenho''. Podem criar-se padrões abstractos ou mais concretos mas nenhuma pintura feita com a técnica de Ebru é repetível dado que todas as representações são diferentes por natureza. Depois de pronta, dá-se a aplicação da tinta numa folha de papel da mesma dimensão que a tina. 



Abaixo estão apresentados alguns exemplos desta técnica (imagens e um vídeo):










domingo, 19 de outubro de 2014

- Livros de Artista
                          ''O livro construído pela imagem''

   livro objeto é um espécime único, pois se mantém a distância da produção massiva de obras literárias. Ele transcende os limites tradicionais dos livros comuns, baseados principalmente no texto. Este elemento pode ser visto, antes de tudo, como uma obra artística visualDesta forma, ele rompe com o formato mais conhecido do livro, e busca sua identidade na produção imagética imanente às Artes Plásticas. Mesmo assim o livro-objeto pode ser lido, este ainda é o seu objetivo, embora esta leitura ocorra de uma forma distinta. Ela é realizada por meio de palavras soltas, sentenças curtas ou de um discurso mínimo. E igualmente através da interpretação pessoal das imagens.

   Estes objetos  apelam à percepção humana, e desvinculam-se das formas e funções esperadas; eles não atravessam crise alguma na identidade, pois adotam naturalmente a faceta de objeto artístico. Eles são geralmente produzidos em pequena escala.
   Aqui a história é substituída por um enredo visual, graças a uma maior maleabilidade dos limites entre as várias manifestações artísticas humanas; elas se entremeiam de tal forma, que deste entrelaçamento surgem outras expressões. Nos tempos modernos são bem-vindas as misturas, combinações, justaposições e outras receitas nascidas do campo da imaginação onde todos os ingredientes resultam numa só obra.
   Nasce desta forma uma nova esfera criativa, o qual ocupa o espaço desocupado pelo ofício literário e também pelo domínio das Artes Plásticas. O livro objeto se instala nessa fronteira da literatura e da produção visual.














Uma artista portuguesa que gostaria de referenciar, dado a minha apreciação pela mesma, era Alex Castro Ferreira. Esta, no domínio da criação de um livro objeto, dá a nascer obras num estilo fiel vintage. Junta todo o tipo de objetos desde postais, cartas, tecidos, botões, caixas, chaves, linhas, etc. 


Aqui estão algumas das suas criações:














terça-feira, 14 de outubro de 2014

- Polimatérico 

     . O uso do polimatérico (vários materiais numa só obra), na arte contemporânea, desenvolve-se a partir da primeira década do século XX, reiterando o objetivo de juntar os vários materiais a fim de que a obra tivesse um resultado mais real.
       Os materiais passam a empregar-se de acordo com o aspeto estético de composição, com os aspetos táteis, como referência à civilização de consumo, etc. Um aspeto, no entanto, engloba todas as obras polimatéricas - os materiais são utilizados com plena liberdade. 
       Qualquer objeto, pelo seu interesse matérico, de cor ou da estrutura que apresenta e que pode vir a representar, substitui os materiais ''nobres'' da pintura e da escultura tradicionais.
       Dentro do polimatérico podemos encontrar:

            . Assemblagens ;
            . Contruções / desconstruções ; 
            . Montagens de objetos ;


             - Assemblagem 


      . É a modalidade de arte objetual artística que consiste na reunião de objetos ou fragmentos destes num suporte, dando lugar a obras tridimensionais que se situam na fronteira entre a pintura e a escultura. 

       Pode realizar-se com tábuas ou pedaços de madeira, unidas entre si, montadas sobre um suporte.
       As composições feitas de espaços cheios e vazios, reentrantes e salientes, bem como as combinações de diversos materiais, conferem à obra um interesse plástico e artístico.



          - Autores / Referências 

      .Joseph Cornell, Edward Kienholz, Robert Rauschenberg


Joseph Cornell


 Edward Kienholz e Nancy Kienholz


Robert Rauschenberg




- Pintura Matérica / Informalismo 

 . Muitos artistas do informalismo europeu atribuíram total importância artística à expressividade dos materiais, independentes de qualquer papel artístico secundário, libertando-os de qualquer caraterística figurativa ou temática.

    Na pintura matérica são utilizados, para além dos materiais vulgares, tecidos, papéis, cartões e outros, como serapilheiras, madeiras, elementos metálicos e desperdícios. 
    Ao longo de diferentes épocas e civilizações o Homem foi encontrando o uso dos múltiplos materiais (naturais ou artificiais) e de variados instrumentos, em diferentes formas de expressão artística.
    A arte informal para além de valorizar o ato de pintar e a importância da cor, preocupa-se, também, com o valor da matéria pictórica, pela textura. 
    Foram vários os processos de realização da pintura matérica desde a aplicação de camadas sucessivas de tinta (têmpera ou óleo) misturada com cola, originando uma espessura tátil e granulosa até à associação de objetos tridimensionais.


       - Autores / Referências 


  . Jean Fautrier e Antoni Tàpies, procurando obter idênticos efeitos, juntam à tinta e à cola, areia ou pedra moída. Jean Dubuffet chega a utilizar gravilha e Julian Schnabel utiliza vários suportes sobre os quais cola materiais diversificados como por exemplo, pedaços de louça partida. Julian Schnabel prepara os seus suportes de pintura com materiais colados - pedaços de louça e gravilha sobre madeira - sobre os quais realiza suas pinturas. A superfície fragmentada provoca o desnivelamento da imagem em determinados sítios.





Julian Schnabel


Antoni Tàpies


Jean Fautrier


domingo, 12 de outubro de 2014

- Gestalt 

   . Leis ou princípios da Gestalt - Percepção da forma

 Segundo a psicologia da Gestalt, o movimento aparente, gerado pela nossa percepção visual, acontece porque nossas mentes preenchem a falta de informação. No caso das luzes, o apagar de uma luz com o imediato acender da próxima luz está para a nossa mente como se a primeira luz tivesse se deslocado da primeira posição para a segunda, o que é interpretado como se a primeira luz nunca tivesse se apagado e na verdade, tivesse simplesmente se deslocado de sua posição inicial para a posição da segunda lâmpada. Esta crença de que o todo é maior do que a soma das partes individuais levaram à descoberta de vários fenómenos diferentes que ocorrem durante a percepção:

   . Unidades e leis da Unificação, Segregação

 A unidade e a unificação são princípios distintos da Gestalt, contudo, podem ser perfeitamente observadas na imagem abaixo apresentada. Tendemos a observar primeiramente um quadrado (unificação) e depois observamos que na verdade ele é formado de inúmeros quadradinhos menores (segregação) dispostos de tal forma a dar a impressão de um quadro grande. Somos capazes de distinguir duas unidades muito distintas: o quadro grande, e cada um dos quadradinhos pequenos.
Gestalt - Unidades, Unificação e Segregação

  . Lei da Similaridade

 A lei da similaridade sugere que elementos similares tendem a aparecer agrupados. O agrupamento pode ocorrer inclusive em ambos os estímulos visuais e auditivos. Itens similares tendem a ser agrupados juntos. 
Gestalt - Lei da Similaridade

 . Lei da Pregnância 

  A lei de Pregnância é muitas vezes referida como a lei da boa figura ou a lei da simplicidade. Esta lei afirma que os objetos são vistos de uma maneira que faz parecer tão simples quanto possível. No gráfico abaixo, observamos primeiramente o que de mais simples pode ser observado, no caso, um emaranhado de linhas formando quadrados menores e maiores. Só depois de alguma observação percebemos que são na verdade três quadrados dispostos na diagonal descendente.
Gestalt - Lei da Pregnância

 . Lei da Proximidade

 De acordo com a lei da proximidade, as coisas que estão próximas umas das outras parecem estar agrupadas. Os círculos abaixo aparentam estar agrupados numa coluna e numa linha, o que na verdade não tem nada a ver com a circunstância, pois nada mais são do que círculos independentes posicionados uns mais próximos do que outros.
Gestalt - Lei da Proximidade

 . Lei da Continuidade

 A lei da continuidade afirma que os pontos que são conectados por linhas retas ou curvas são vistos de uma forma que se segue o caminho mais suave. Ao invés de ver linhas separadas e os ângulos, as linhas são vistos como pertencentes ao mesmo elemento. As linhas são vistas como se seguissem por um caminho invisível. É o caso da figura abaixo que mostra uma sequência de traços pequenos dando a ideia de uma linha tracejada inteira que segue do canto esquerdo inferior do quadro até seu canto direito superior.
Getalt - Lei da Continuidade

 . Lei do Fechamento

 De acordo com a lei de fechamento, um conjunto de  objetos agrupados percepcionam na sua totalidade uma outra realidade. Tendemos a ignorar buracos e completar contornos e linhas. Nossa mente muitas vezes ignora as informações contraditórias e preenche as informações incompletas para criar formas e imagens que nos sejam familiares.
Gestalt - Lei do Fechamento